Mais 500 intervenções extras realizadas até maio no âmbito do PRC

 

A Secretaria Regional da Saúde acaba de autorizar o desbloqueio de mais 1,7 milhões de euros para o programa de recuperação de cirurgias.

 

O Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira realizou, nos primeiros cinco meses do ano, 514 cirurgias, no âmbito do Programa Adicional de Recuperação de Cirurgias (PRC). Este número corresponde a mais 26 cirurgias face ao período homólogo do ano passado.

 

Em 2019, o programa iniciou-se com mais duas novas especialidades - a Cirurgia Cardiotorácica e a Cirurgia Plástica -, as quais foram adicionadas às dez especialidades cirúrgicas que já estavam integradas no plano extra do PRC em 2018, nomeadamente Cirurgia Geral, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Vascular, Ginecologia, Neurocirurgia, Oftalmologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Urologia, Patologia Mamária e Ortopedia.

 

Um milhão de euros foi o valor despendido até ao momento para a primeira fase da recuperação das listas de espera em 2019. Terminada esta primeira etapa, estão a ser desencadeados os procedimentos para dar início à segunda fase do PRC, com o objetivo de aumentar a resposta e, até ao final do ano, ultrapassar a média de cirurgias realizadas neste plano de recuperação adicional. A segunda fase tem já uma verba autorizada de 1,7 milhões de euros.

 

Somando este reforço, o programa conta atualmente com uma verba autorizada de 2,7 milhões de euros, ficando apenas a faltar 300 mil euros para perfazer os três milhões de euros previstos este ano para o PRC.

 

De acordo com a Secretaria Regional da Saúde, desde o início deste programa no Serviço de Saúde da RAM até ao momento, já foram realizadas 2.875 intervenções cirúrgicas e “prevê-se que até ao final do ano muitas outras sejam realizadas”.

 

Recorde-se que o PRC tem vindo a ser executado em unidades cirúrgicas do Hospital Dr. Nélio Mendonça, nomeadamente Bloco Central e Cirurgia do Ambulatório, com um agendamento preferencial para 90 dias desde dezembro de 2015.

 

A adesão ao programa pelas especialidades clínicas fez-se de forma gradual sem prejuízo da realização integral da atividade normal programada de acordo com os recursos existentes, disponibilidade de salas, recursos humanos e materiais e com razoáveis padrões de produtividade. Com efeito, estas cirurgias ocorrem nas folgas e tempo de descanso dos médicos, pelo que não interferem com a atividade escalonada dos profissionais. Trata-se assim de um programa de produção adicional, que visa rentabilizar a capacidade cirúrgica instalada, para além da produção normal com vista à redução da lista de espera das cirurgias com maior tempo de espera e mais frequentes. No âmbito deste programa adicional, a seleção das cirurgias tem sido realizada em termos qualitativos e não quantitativos, ou seja, “verifica-se um acréscimo de cirurgias mais complexas e dispendiosas que consomem mais tempo e mais recursos, mas que se traduzem numa melhoria significativa do bem-estar e qualidade de vida dos utentes”, garante a Secretaria tutelada por Pedro Ramos.

 

Alberto Pita

 

In “JM-Madeira”