Equipamento vem garantir, segundo José Dias, reforço na “eficácia da reanimação na Madeira”

 

Anúncio foi feito no Congresso de Emergência Pré-hospitalar. INEM dará formação a médicos na Madeira.

 

 

A Equipa Médica de Intervenção Rápida (EMIR) passou a dispor, a partir de ontem, de um aparelho automático que irá substituir as compressões manuais em manobras de reanimação. O anúncio foi feito por José Dias, presidente do Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC), durante a sessão de abertura do Congresso Nacional de Emergência Pré-hospitalar, em jeito de “sur presa”, como o próprio referiu.

 

 O LUCAS 3, um compressor to rácico mecânico com autonomia energética, vem garantir, segundo José Dias, um reforço na “eficácia da reanimação na Madeira”, afigurando-se como uma ferramenta importante em situações de paragem cardiorrespiratória.

 

 No arranque do congresso, que decorre pela primeira vez na Madeira, prolongando-se até este sábado, foi também anunciado que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) vai dar formação a médicos da Madeira, no âmbito de um protocolo que visa garantir que o Serviço de Emergência Médica Regional (SEMER) funciona como reforço do Centro de Orientação de  Doentes Urgentes Mar (CODU-Mar),  em situações de necessidade a bordo  de embarcações.

 

“Vamos formar os elementos do SEMER, de modo a que possam prestar aconselhamento médico, sempre que houver necessidade, até porque a operacionalização de eventuais evacuações já é coordenada ao nível da Região”, explicou Luís Meira, presidente do INEM.

 

“É, no fundo, garantir a redundância de um serviço fundamental que tem de ser assegurado pelo Estado português.” O objetivo, acrescentou, é que a partir de 1 de janeiro, “este serviço também já passe a estar ativo na Madeira”. Congresso de Emergência Médica Pré-hospitalar decorre até este sábado na Região.

 

ALBUQUERQUE GARANTE APOIO NO REFORÇO DE MEIOS

 

 Durante a sua intervenção na sessão de abertura, o presidente do Governo Regional sublinhou o “crescimento e consolidação da emergência pré-hospitalar na Madeira”,  considerando o serviço na Região  como “paradigmático e exemplar”.

 

 Miguel Albuquerque frisou também a necessidade de “continuar a trabalhar em conjunto”, “insistir na formação e na aquisição dos meios técnicos operacionais para  uma melhor prestação do serviço”,  além da “valorizar as pessoas que  têm vocação” para a área.

 

 “Não é qualquer pessoa que tem a vocação para trabalhar na emergência pré-hospitalar. É preciso ter feitio para isto”, disse o governante. Hoje, segundo dia do Congresso Nacional de Emergência pré-hospitalar, o navio Lobo Marinho será palco de um exercício de larga escala, que mobilizará todos os meios de socorro da Região, antes de uma mesa redonda que decorrerá na Quinta do Lorde, com o resgate em montanha e o apoio psicológico e intervenção em crise como temas.

 

 No sábado, as conferências serão a bordo no navio e no Centro de Congressos do Porto Santo.

 

Resposta a ciberataques testada em simulacro

 

 Comando Operacional da Madeira testou a resposta a situações de ciberataques e a capa cidade de prestar apoio ao Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC), no âmbito do 'Zarco 18', exercício que que envolveu os três ramos das Forças Armadas.

 

 “Este exercício tem uma componente de cooperação com entidades externas ao exército, onde nós tentamos a nossa capacidade de dar apoio ao SRPC, fornecendo um apoio de comunicações”, explicou. o tenente Miguel Gonçalves, oficial  de comunicações do exército.O simulacro consistiu na conjugação de dois cenários: uma situação de calamidade, devido a uma intempérie, acompanhada de um ciberataque. 

 

“O cenário foi criado no sentido de o SRPC perder o acesso aos seus sistemas de comando e controlo”, descreveu Miguel Gonçalves. “Nesse sentido, o exército conseguiu, através de uma plataforma do sistema de informação e comunicação, restabelecer esses sistemas”.  O oficial de comunicações salientou que “a reação está a ser, de ano para ano, mais efetiva e operacional”, e frisou a importância  da iniciativa.

 

“Este tipo de exercícios faz-nos pensar em eventuais lacunas que possamos ter, e naquilo que podemos ainda melhorar, no sentido de estarmos sempre tecnologicamente preparados para os ataques que podem ocorrer”, concluiu.

 

Marco Milho

 

In “JM-Madeira”