Silvestre Abreu alerta que as famílias têm de mudar hábitos

A diabetes, sobretudo a tipo II, está a aumentar em todo o País. A Madeira não é exceção. A boa notícia é que a taxa de mortalidade por causa desta doença, considerada da modernidade, tem vindo a baixar. Contudo, os números concretos da realidade na Região foram reservados para hoje por Silvestre Abreu, endocrinologista que será orador na Escola Secundária Jaime Moniz, numa conferência destinada a professores e alunos e que visa assinalar o dia mundial da doença.

 

O lema deste ano é 'Importância da família na prevalência da diabetes'. O médico madeirense explica que se um elemento do agregado familiar mudar de hábitos alimentares e passar a ter uma vida menos sedentária tentará influenciar o resto da família. Assim, os resultados serão bem melhores do que os atuais. Agora, sabe-se que 13,2% da população com idades entre os 20 e os 79 anos é diabética e a Federação Internacional de Diabetes indica que 27% dos que têm mais de 60 anos têm diabetes (sabendo ou não). A diabetes está muito associada à falta de atividade física e um facto é que os obesos tem quatro vezes mais probabilidades de virem a ser diabéticos.

 

Cada diabético custa dois mil euros por ano ao Estado.

 

Os medicamentos atuais são cada vez mais eficazes mas o que acontece é que a grande maioria dos doentes não cumpre com o plano alimentar e com a atividade física, fazendo com que os efeitos da medicação não sejam ainda mais notórios.

 

Portugal, conforme sublinha o endocrinologista ligado ao SESARAM, é dos países mais recordistas no sedentarismo, o que não se compreende, uma vez que o bom tempo convida mais a atividades físicas.

 

Carla Ribeiro

 

In “JM-Madeira”