De 2009 a 31 de outubro deste ano foram administradas na Região 66.925

 

A ministra da Saúde louvou ontem diversas regiões do País cuja cobertura de vacinação contra infeções por vírus o papiloma humano (HPV) foi bastante elevada. O presidente do Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais, Herberto Jesus, foi quem representou a Madeira na cerimónia, onde foi considerada a relevância da vacinação em causa, bem como o facto de a adesão à mesma ser um exemplo de sucesso ao nível mundial.

 

De 2009 a 31 de outubro deste ano foram administradas 66.925 vacinas na Região contra o vírus do HPV (cada jovem pode fazer duas doses). Assim, a ministra Marta Simões defendeu ser de toda a justiça louvar a todos quantos, ao longo dos últimos dez anos, contribuíram diretamente para alcançar os bons resultados, tendo agraciado 22 unidades e instituições, entre elas as Secretarias Regionais da Saúde dos Açores e da Madeira.

 

Já o Presidente da República, que também esteve na cerimónia, defendeu a importância de se avançar para outra fase que tem a ver com a noção que temos hoje de que este problema não é só um problema de mulheres, é também um problema de homens, e com um âmbito etário que é um pouco mais vasto do que aquele que se tinha pensado”, expôs. A introdução desta vacina no Plano Nacional foi aprovada no ano de 2008, tendo-se comemorado, a 27 de outubro, os 10 anos de vacinação.

 

A vacinação universal de raparigas contra HPV tem como objetivo a prevenção de infeções e a diminuição, a longo prazo, da incidência do cancro do colo do útero, o segundo mais frequente nas mulheres e a segunda causa de morte, em Portugal, nas mulheres jovens em idade fértil. Até à data, foram completamente vacinadas cerca de 750 mil raparigas, que têm entre 11 e 26 anos de idade.

 

Em 2017, nas coortes de referência e para as 2 doses da vacina contra o HPV, as taxas de cobertura vacinal na RAM (PRV) foram no geral mais elevadas do que as verificadas no território Continental (PNV) Até 31 de dezembro de 2017, a taxa de cobertura para esta vacina, em Portugal e na RAM, superou a meta estabelecida de 85%, com exceção das coortes de 2001 e 2006 (cuja cobertura total foi afetada pela alteração do esquema de vacinação PNV/PRV em 2017, embora já com elevada cobertura para a 1ª dose, conforme considerou ontem, ao JM, o Instituto de Administração da Saúde da Madeira.

 

Carla Ribeiro

 

In “JM-Madeira”