Decorridos 20 anos, o rastreio do cancro da mama na Região deixa de realizar-se na Associação Protetora dos Pobres e passa para instalações do Governo Regional, situadas à rua da Conceição, n.º 101 A.

 

Uma situação temporária, até estarem concluídas as obras no Centro Dr. Agostinho Cardoso, no Campo da Barca, para a instalação do Centro de Rastreios da Região Autónoma da Madeira, conforme explicou esta tarde, ao JM e à Antena 1 e RTP, o secretário regional da Saúde.

 

 “Dentro de pouco tempo irão começar as obras para que os cinco rastreios possam ter o seu local de coordenação, comando e controle no Centro Dr. Agostinho Cardoso. Até agora, nós tínhamos o da retinopatia diabética e o do cancro da mama, e os outros tínhamos de uma forma oportunística”.

 

 “Nós queremos alterar essa situação, ao fim de 20 anos de atividade, e achámos que a própria coordenação do rastreio do cancro da mama precisava também de sofrer algumas alterações. Temos também um novo coordenador, que é a dra. Marília Gonçalves, que estará, a partir de agora, a coordenar esse rastreio, sob supervisão do dr. Joaquim Vieira”, precisou Pedro Ramos.

 

O governante relevou a importância deste rastreio, que na Madeira se realiza em idade mais jovem que no Continente, de forma a aumentar a taxa de sobrevivência, lembrou ainda.

 

 “Este rastreio não sofreu alterações desde 1999, as alterações foram surgindo a nível nacional, que a Região Autónoma não seguiu, nomeadamente o escalão etário e a idade início do rastreio, que no Continente começa aos 50 anos”.

 

 “Na Madeira, o rastreio começa aos 45 anos e vai até aos 69, e vamos continuar assim, porque achamos que, desta forma, conseguimos abranger um leque de mulheres em idade natural para terem a doença, mesmo não tendo queixas”.

 

 “De facto, a possibilidade de fazermos esta intervenção precoce e termos um diagnóstico precoce, vamos continuar a aumentar a sobrevivência”, sublinhou.

 

Os números falam por isso, indicou ainda Pedro Ramos: “nós aumentámos a sobrevivência do cancro da mama na Região Autónoma da Madeira de 65% para 85%, e, portanto, é um projeto credível e, de forma organizada, nós vamos ter, para além da retinopatia diabética, o rastreio do cancro do colo do útero, o rastreio do cancro do colo retal e o rastreio da saúde visual infantil, que começará também em 2020”.

 

 

 

In “JM-Madeira”